Dor nos ombros

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Sabia que a queixa de dor na articulação do ombro é muito comum?

Atualmente representa o segundo motivo mais frequente por quem busca uma consulta com um ortopedista. Por este motivo resolvi escrever este texto, não falando especificamente de uma doença, mas do quadro doloroso em si e de alternativas para amenizar a dor.

Várias condições podem levar a um quadro doloroso no ombro, desde processos inflamatórios leves por um esforço excessivo, até um rompimento de um tendão, ou um deslocamento articular, que seriam condições mais graves. Todas estas condições tem algo em comum e que geralmente é o motivo da pessoa buscar um atendimento médico, a dor!

Causa da dor

As principais causas de dor nos ombros vão variar de acordo com o perfil do paciente, faixa etária, ocupação laboral, grau de demanda funcional, atividade física, presença de doenças crônicas associadas, dentre outros. Sabemos que as patologias inflamatórias são as mais comuns, entre elas temos as tendinites e bursites, mas por que elas se desenvolveram?

Qual o motivo para a manifestação dos sintomas neste momento? Estas respostas só poderão ser respondidas com uma avaliação clinica e a realização de exames de imagem, mas o tratamento inicial para a condição dolorosa pode ser comum entre as diferentes causas.

Sabemos que condições que levam a sobrecarga articular, como um trabalho excessivo, ou até mesmo um trauma podem gerar um quadro inflamatório e consequentemente a sensação de dor, mas o que explicar da dor aumenta gradualmente e em determinado momento limita a atividades simples como pentear os cabelos, ou escovar os dentes?

A articulação do ombro é biomecanicamente muito complexa e depende de um fino equilíbrio entre as forças musculares não só do manguito rotador, que são os quatro músculos que envolvem a cabeça do úmero e principais “motores” dos ombros, mas também da musculatura que fica ao redor da escápula, peitoral e grande dorsal, sendo assim o equilíbrio entre essas forças é muito importante para a saúde articular.

Tratamento

Feito o diagnóstico da condição patológica, o tratamento medicamentoso inicial vai depender da intensidade da dor. É comum a prescrição de medicamentos, como analgésicos, antinflamatórios e relaxantes musculares, mas nem sempre o tratamento medicamentoso por via oral será o bastante. Medicamentos injetáveis, como analgésicos mais potentes e antinflamatórios de depósito são boas opções nas situações que medicamentos de primeira linha não aliviaram a dor.

Não podemos esquecer que devido à complexidade biomecânica do ombro, o tratamento pode não ser tão simples e não depender exclusivamente do uso de medicamentos. Por este motivo terapias adjuvantes como a fisioterapia, terapia ocupacional e a acupuntura podem contribuir e muito para o alívio dos sintomas de dor nesta região. Em momentos como o atual, onde vivemos com medo de sair de casa devido a pandemia da COVID 19 e muitas vezes resistimos a um tratamento fisioterápico, é comum que tenhamos mais dificuldade em controlar quadros dolorosos dos ombros, que muitas vezes dependem dessas terapias para a sua resolução.

Outras opções para o tratamento da dor são os procedimentos minimamente invasivos. O bloqueio anestésico do nervo supraescapular é um desses e tem indicação consagrada, podendo aliviar dores decorrentes de processos intensos e mais limitantes como a Capsulite adesiva por exemplo. A infiltração de medicamentos como corticosteróides, anestésicos e a Arnica Montana também tem indicação para algumas condições dolorosas e podem aliviar quadros álgicos intensos que não apresentaram alívio com o tratamento medicamentoso oral convencional.

Agora que você leu este artigo e sabe de todas essas opções de tratamento para a dor no ombro, entendeu que a dor não é uma boa companhia para se conviver. Caso apresente algum desses sintomas, ou conheça alguém que sofre com isto, oriente a busca por um ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo para que possa resolver este problema.

 

Por: Dr. Thiago Barbosa Caixeta
Ortopedia e Traumatologia
CRM/GO: 13291 | RQE: 8070
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